ZesToria 3: AS PAIXÕES PLATÔNICAS DE MARGARIDA

13/01/2021

Senta aí que lá vem uma ZesToria: 

Margarida é uma moça simples, de coração bom, sempre disposta a ajudar o próximo. Passou muito tempo preocupada com os outros, tanto que esquecera de si.

Suas faltas e carências lhe fizeram ter grandes paixões platônicas ao longo da adolescência e início da juventude.

No tempo escolar conhecerá Paulo. Era nítido seu olhar de apaixonada, o ajudava nas tarefas que tinha dificuldade. Contudo ele nunca lhe olhava como quisera. Não era desprezo, só não havia interesse do rapaz. Assim a moça inteligente e amiga de todos, continuara sonhando, amando-o de longe na esperança de um dia ser notada. Nunca fora.

Anos depois, superada a primeira paixonite, no ensino médio conhece Alexandre. Ele sempre a tratou muito bem e lhe tornara sua confidente. Pronto! A moça já imaginou tudo: primeiro beijo, namoro, casamento e todo resto. Nada de anormal para alguém que sonhava como qualquer garota de sua idade.

Era triste ver que seu sonhar inatingível crescerá muito e deixou marcas ruins no coração inocente de Margarida.

Assim foi sua vida amorosa, repleta de tantos amores irreais. Houveram outros não contados aqui. A então mulher cresceu dolorida por amores não correspondidos.

Começou na vida adulta apresentar alguns problemas de saúde. Assim foi no ginecologista. Nunca gostava de se consultar em médicos, dizia ter vergonha, porém dessa vez algo fugiu do seu querer.

O Dr. Bernardo, jovem, solteiro, de belo sorriso, lhe conquistou na primeira consulta. Ela lutava internamente para não se apaixonar, mas já era tarde. Suas carências lhe fizeram, talvez, ver o que não existia: o interesse mútuo. Mas é um talvez. Em alguns momentos achava que ele lhe dava sinais, mas tinha medo de mais uma vez ser coisa da sua cabeça imatura e sem experiência amorosa.

Na última consulta, por sua inexperiência ou fantasia, pairou uma dúvida: porque ele trancou a porta de chaves, coisa que nunca fizera. Neste dia os dois conversaram normalmente, se despediram naturalmente como qualquer paciente e médico. Contudo por quais motivos trancou a porta, afinal não é só um talvez?

DIEGO ALRAIS

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